Após a vitória eleitoral, o candidato a Chanceler da CDU/CSU, Merz, discute com o Chanceler Scholz o procedimento para a fase de transição
Estão a surgir as primeiras negociações sobre a formação de um novo governo federal entre a CDU/CSU e o SPD. O candidato a chanceler da CDU, Friedrich Merz, apela à rapidez: “As questões são prementes, não podem ser adiadas e é por isso que considero importante que entremos rapidamente em conversações”, afirmou o presidente da CDU. Merz apelou à uma linha comum nas conversações com o SPD, em particular em três áreas: A política externa e de segurança, a migração e a economia. Merz espera que “consigamos chegar a um bom acordo de coligação com os sociais-democratas e que o façamos num período de tempo razoável”. Um novo governo poderá estar em funções até à Páscoa.
Um dos possíveis pontos de discórdia nas negociações deverá ser o financiamento da defesa e da segurança da Alemanha, bem como um maior apoio à Ucrânia na sua defesa contra a Rússia. Merz rejeitou mais uma vez uma reforma do travão da dívida para financiar as ações de defesa antes da reunião do novo Bundestag. Por outro lado, o SPD voltou a exigir uma reforma do travão da dívida. Merz reuniu-se com o atual presidente Olaf Scholz (SPD) na Chancelaria. É provável que as conversações tenham tido como objetivo organizar a fase de transição até à formação de um novo governo.
A CDU/CSU tornou-se, claramente, o partido mais forte depois das eleições para o Bundestag. Com 84%, da taxa de participação eleitoral, estas eleições foram as mais concorridas dos últimos 30 anos. A CDU/CSU obteve pouco menos de 28,52% dos votos expressos. O AfD ficou em segundo lugar, com 20,8%, mas nenhum outro partido manifestou interesse em colaborar com esta força política. Com 16,4%, o SPD ficou à frente dos Verdes (11,6%) e do Partido da Esquerda (8,8%). O FDP (4,3%) e o BSW (4,97%) não conseguiram atingir o limiar dos 5%.
Cerca de 59,2 milhões de pessoas na Alemanha foram chamadas a votar para eleger um novo Bundestag. As eleições antecipadas tornaram-se necessárias na sequência da queda do anterior governo de coligação. Até que o novo parlamento eleja um Chanceler Federal, a Alemanha continuará a ser governada pelo governo anterior. Devido a uma reforma, o novo Bundestag terá 630 deputados, meos de 100 do que atualmente.
Fonte: Deutschland.de, dpa